O patético Izalci na CPI da Covid
Os senadores eleitos pelo Distrito Federal acreditavam que o depoimento do ex-secretário de Saúde do GDF, Francisco Araújo, seria o palanque perfeito. Se deram mal. O senador Izalci Lucas teve a participação mais patética. Com seu discurso enrolado, confuso e desorientado, tentou emparedar o ex-secretário. Acabou emparedado, quando Francisco Araújo revelou que o senador Izalci havia ligado para ele diversas vezes com pedidos.

As indicações do senador
Francisco Araújo revelou para todo o Brasil, na transmissão ao vivo: “No início da pandemia o senador Izalci me mandava diversas mensagens, indicando pessoas e eu sempre dizia: entre e participe do certame. Como meu telefone foi apreendido eu gostaria que fosse requisitado o telefone do senador para que mostrasse também como era que eu agia”. Ficou ruim para o senador a revelação de tanto empenho em indicações durante a pandemia.

E Izalci fugiu da raia
O senador Izalci rapidamente recolheu suas coisas e foi embora, alegando que tinha outro compromisso. Estranho, para dizer o mínimo, vindo de quem mais se empenhou para a convocação do ex-secretário. “Saiu com o rabo entre as pernas”, disse um senador.

Reguffe, ainda frustrante
O senador Reguffe, provavelmente o parlamentar mais escondido da República e que se omite em tudo, vestiu o terno de candidato e apareceu na CPI da covid só para tentar colar algum malfeito no governador Ibaneis Rocha. Não conseguiu. O ex-secretário de Saúde do DF, Francisco Araújo, não deixou pergunta sem resposta, foi claro e saiu do depoimento elogiado pela senadora Soraya Thronicke (PSL-MS), que presidiu o final da sessão, principalmente por não ter se esquivado das perguntas.

Podia ter ficado calado
Na verdade, Francisco Araújo frustrou os três senadores eleitos pelo Distrito Federal por causa da firmeza. “Estou respondendo ao processo e vou provar minha inocência”, disse ele para espanto dos parlamentares. Araújo havia recebido da ministra Carmem Lúcia, do STF, habeas corpus para ficar calado durante toda a sessão, mas preferiu falar, o que impediu os senadores candangos de fazerem o palanque que imaginavam, já que os três são candidatos ao Governo do Distrito Federal nas próximas eleições.

A novata Leila
Se Reguffe ficou sem saber o que perguntar, a senadora Leila Barros demonstrou a todo o Brasil que ainda tem muito a aprender sobre a nova profissão. Tentou dar umas cortadas, mas a rebatida das respostas não deu margem a ela fazer nenhum ponto.

Plenário esvaziado
Chamou a atenção a falta de interesse dos demais senadores pelo depoimento assim que Francisco Araújo começou a responder os questionamentos com firmeza, o que não é comum. Quando ele revelou que não conhecia e nunca havia estado com o presidente da empresa Precisa ou com o deputado Ricardo Barros (PP-PR), o plenário começou a se esvaziar. Ficou só quem tinha esperança em conseguir um palanque.

Senador Izalci condenado
O senador Izalci Lucas insiste na política de confundir o eleitor. É muito estranho vê-lo acusando outras pessoas de malfeitos enquanto ele próprio foi condenado por peculato, desvio de computadores doados ao GDF, para seu próprio comitê de campanha. O próprio juiz que proferiu a sentença se mostrou revoltado com a falta de punição do senador porque o crime prescreveu, por causa da lentidão da Justiça no caso. O juiz Nelson Ferreira Junior reconheceu que há “provas cabais” do crime, e classificou de “odiosa” a prescrição que impediu Izalci de ir para o xilindró.

Demora que vira liberdade
O crime do senador foi cometido em 2009 e o processo, que culminou com sua condenação a dois anos e oito meses de prisão, só terminou este ano. Graças a esta demora de 12 anos, Izalci ficou livre da punição. Como é bom ser poderoso…

Francisco Araújo na CPI da covid-19 – Pedro França Agência Senado

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