A saída de Roberto Freire da presidência nacional do Cidadania deu ruim para a deputada distrital Paula Belmonte, presidente do partido no DF. Ela quase foi destituída do cargo em agosto por apoiar Freire e defender a luta dele contra o embarque do Cidadania no Governo Lula. Agora, sem o escudo de Freire, Paula volta a balançar na corda bamba. Pode ser vítima de sua própria intransigência política. Velhas raposas ensinam: “política não se faz com o fígado”. A batata dela está assando.

Lenha na fogueira

Paula coloca mais lenha na fogueira aos seus pés ao não aceitar alianças políticas. Não apenas com o Governo Lula, mas também – e principalmente – com o Governo Ibaneis. Do alto do seu monte de ego, Belmonte prega independência total.

Cristovam na área

Paula bate de frente com outra estrela do Cidadania: Cristovam Buarque, ex-governador do DF, ex-senador e ministro da Educação no primeiro Governo Lula. O presidente demitiu Cristovam por telefone. Página virada. Cristovam, ao contrário de Freire e de Paula, não é contra a adesão do Cidadania ao Governo Lula. Ao defender que o partido tenha identidade política, Cristovam se posiciona: “Hoje, o país está dividido entre duas bandeiras e não somos bolsonaristas”.

Boquinha na Terracap

Roberto Freire era chegado a uma boquinha. Mesmo morando em Recife, foi membro do Conselho de Administração da Terracap entre 2007 e 2010, durante o Governo Arruda. Como conselheiro da Terracap recebeu R$ 132.479,12, conforme revelou à época o deputado Chico Vigilante (PT). Boca grande, esse Freire.

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