CELINA NO COMANDO

Colunista: Armando Guerra 
Matéria publicada simultaneamente com o jornal Brasília Agora 

Pela segunda vez em menos de seis meses, a vice-governadora Celina Leão (PP) substitui o governador Ibaneis Rocha (MDB) no comando do GDF. Na primeira vez foram 65 dias, tempo em que Ibaneis ficou afastado por conta da baderna golpista de 8 de janeiro. Agora, Celina ficará mais 15 dias, período em que o governador estará fora do país. No total, serão 80 dias à frente do Palácio do Buriti. Até abril de 2026, a cena poderá se repetir várias vezes: Ibaneis sai e Celina assume. E assim irá se consolidando o projeto político de fazer da leoa a primeira mulher eleita diretamente para governar Brasília.

O VICE DA LEOA

Na longa corrida ao Palácio do Buriti em 2026, não se discute o indiscutível: a candidata de Ibaneis é Celina. E ponto. O que já se discute acirradamente é quem será o (a) vice da leoa. Aí sobram candidatáveis. Até mesmo quem nunca concorreu a qualquer cargo eletivo briga pela cobiçada vaga. É o cheiro do poder subindo à cabeça de aliados muito próximos ao governador, porém, muito distantes dos eleitores.

Tiroteio no escuro

O MDB briga pela vaga. A cúpula do partido acreditava que Ibaneis,  por ser do MDB, lançaria algum candidato da própria agremiação para sucedê-lo. Não rolou. Hoje, a legenda aceita como prêmio de consolação o cargo de vice na chapa de Celina. Isso combinado, sobrou para o presidente regional do MDB, deputado federal Rafael Prudente, administrar vaidades dentro da legenda. Nas entranhas do partido, a briga pela vaga virou tiroteio no escuro. Ainda não há vítimas. Por enquanto.

 

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