O mistério da cara fechada de Ibaneis

Está esclarecido o mistério da cara feia. Muita gente fala que o governador Ibaneis Rocha, ao contrário dos políticos profissionais, aparece muitas vezes de cara feia, fechada. Político gosta de pegar criancinha no colo, sorrir para todo mundo e acenar, mas Ibaneis tem se mostrado diferente, especialmente depois de dois anos de pandemia, em que enfrentou muitos imprevistos. Ele mesmo fez questão de esclarecer a economia de sorrisos.

Mais atenção que sorrisos

Em discurso feito para lideranças religiosas na Estrutural, Ibaneis brincou com a própria seriedade. “A turma as vezes pergunta: para que essa cara tão amarrada, porque não sorri um pouco mais? Não é só porque eu sou um homem sério, mas o trabalho requer muita seriedade e merece muita atenção”, disse o governador. “Eu tenho que prestar mais atenção do que falar, muito mais do que sorrir”, completou.

O tamanho do coração

O governador voltou a falar da seriedade em outro encontro com pastores, em Vicente Pires. “A cara é sisuda, mas o coração é enorme”, disse.

Olhando no olho

O governador disse ainda que se sente responsável pela vida de milhares de pessoas, o que é um peso, por saber que uma ação dele afeta a vida de muita gente. “Tenho que olhar no olho das pessoas, sentir o que estão sentindo, para que eu possa transformar a emoção de cada um em trabalho. Tem dado certo. Com seriedade, espírito de quem quer realizar, acredita e tem paixão pela cidade e pelas pessoas que escolheram o DF para morar”. Acrescentou.

Recado para os políticos

O governador Ibaneis Rocha aproveitou a presença de outros políticos – inclusive de partidos que estão na base do governo, mas que ameaçam pular do barco – para mandar um recado mais do que explícito. “Temos que continuar trabalhando juntos. A nossa função é gerar esperança; há um número muito grande de pessoas carentes, que precisam de atenção”, disse.

Cerco aos traidores

Foi além, afirmando claramente que espera a continuidade do trabalho com o mesmo grupo, mesmo sabendo que alguns aliados estão, como diria Brizola, “costeando o alambrado”, ou seja, prontos para pular para o outro lado. “Por isso estamos iniciando uma nova caminhada, com a esperança de entregar a cada dia uma cidade melhor para a população”, afirmou.

Renda e paz social

Ele ressaltou avanços, mas sempre lembrando que é preciso fazer mais. “Quando assumimos o governo havia 310 mil, 320 mil desempregados. A última pesquisa mostrou uma redução para 260 mil. É uma boa notícia, mas mostra que precisamos fazer muito mais. Temos que ter desenvolvimento, renda e paz social”, ressaltou.

Igreja como parceiras

Ibaneis lembrou que tem sido feito um trabalho de proteção social muito grande, procurando atender pessoas em estado de emergência, com milhares de atendimento. E elogiou as igrejas por ajudarem o governo neste trabalho. “O governo não é capaz de alcançar todos. Vocês das igrejas têm o poder de chegar onde o estado não consegue”, afirmou.

Izalci comemora volta

O senador Izalci Lucas (PSDB) está de volta à arena. Com as mãos em uma liminar concedida pelo ministro Joel Paciornick, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ele mantém o sonho de disputar a eleição deste ano; já se declarou candidato ao GDF. O magistrado suspendeu os efeitos de uma decisão colegiada, da terceira turma do Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT), que condenou o senador a quatro anos e quatro meses de prisão por peculato.

Barbas de molho

Izalci foi condenado por ter desviado computadores doados para serem instalados em escolas públicas para seu próprio comitê de campanha, quando era Secretário de Ciência e Tecnologia, no governo Arruda. A equipe de advogados comemora a decisão, mas tem de botar as barbas de molho: o Ministério Público já prepara um recurso para anular a sentença provisória.

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