A pequena bancada do DF

O governador Ibaneis Rocha mostra mais uma vez que não tem medo de briga. Na inauguração da quinta UPA construída em seu governo, em Planaltina, ele voltou a criticar a maioria da bancada de deputados federais do DF. Ibaneis lembrou que cada parlamentar tem direito de aplicar R$ 18 milhões em emendas ao Orçamento da União, mas apenas três deputados têm destinado as verbas para executar políticas públicas em Brasília: Flávia Arruda (ocupando o cargo de Ministra da Secretaria de Governo), Celina Leão e Júlio César.

Prejuízo para as cidades

​Os outros cinco eleitos pelo Distrito Federal, reafirmou o governador, destinam suas emendas a órgãos federais, sem se preocupar com as regiões administrativas do DF, que ainda têm muitas carências. Ibaneis acredita que é uma questão política, já que são parlamentares pouco alinhados com o GDF, mas lamenta o prejuízo que a população sofre por causa de disputas político-partidárias.

Cinco foram proscritos

​Os cinco proscritos são Erika Kokay (PT), Paula Belmonte (Cidadania), Professor Israel (PV), Luis Miranda (Democratas) e Bia Kicis (PSL). Recentemente, a deputada Paula Belmonte publicou uma declaração nas redes sociais dela reclamando da crítica do governador e dizendo que as emendas são para o DF, embora não sejam para ações do GDF. O mesmo foi feito pelo deputado Israel.

Rasgando o caderno

​O que os dois parlamentares não contam é que desprezaram um caderno de propostas e projetos que o GDF faz anualmente com as prioridades para cada região administrativa. O caderno é uma forma de organizar as necessidades detectadas com os próprios moradores. Foi desta maneira que parlamentares puderam escolher obras que beneficiam diretamente seus eleitores, como lembrou o distrital Cláudio Arantes na inauguração da UPA de Planaltina, que recebeu recursos das emendas dele (entre outros, como a ministra Flávia Arruda).

De ministra a senadora…

​A ministra, aliás, parece ter fechado de vez a parceria com o governador Ibaneis Rocha para as próximas eleições. Ela quer disputar a única vaga do Senado Federal. Tem grandes chances, segundo mostram as pesquisas de opinião, e a benção do governador, que confessa sempre que pode o carinho que tem por ela. Na inauguração da UPA de Planaltina, Ibaneis chegou a chamar a ministra de “senadora” e ela garantiu apoio à reeleição.

A volta do Vigão

​O ex-deputado Wigberto Tartuce quer voltar a fazer política no DF. Depois de impedimentos judiciais, problemas partidários e até questões financeiras – ele esteve com a casa para ir à leilão recentemente – Vigão vai voltar a brigar pelo voto do eleitor tomando como base a popularidade conquistada no programa dominical de rádio. Ele é candidato a deputado distrital e o passe do ex-deputado vendo sendo disputado pelo PL, da família Arruda, e pelo MDB, por meio do presidente do partido, Rafael Prudente.

No palanque cabem todos

​O governador Ibaneis Rocha vai se engajar na campanha presidencial da senadora Simone Tebet, candidata do MDB, mas os companheiros de chapa estão liberados para escolher outros candidatos. A ministra Flávia Arruda e os candidatos do Republicanos e do Progressistas, por exemplo, vão poder pedir votos para o presidente Jair Bolsonaro, como desejam. É uma situação que deve ser repetida em muitas outras cidades brasileiras.

O futuro só no ano que vem

​O senador Reguffe promete para o início do ano a decisão de seu futuro político. Filiado ao Podemos, mesmo partido do ex-juiz Sérgio Moro, candidato à presidência, ele já foi lançado como candidato ao governo por Moro. Mas o senador não está seguro de enfrentar a disputa, porque gostaria de continuar seu trabalho no Senado ou mesmo em outro cargo legislativo. Esperam-se as cenas dos próximos capítulos.

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