O novo segredo do senador Reguffe

O senador Reguffe ainda não sabe – ou pelo menos não divulgou – a que cargo irá concorrer nas próximas eleições, mas já tem marqueteiro. O nome é mais um dos segredos que o senador guarda, mas foi uma sugestão do jornalista Sandro Gianelli que, dizem as más e boas línguas, vai coordenar a campanha. A única certeza que se tem no assunto é que, político profissional, Reguffe quer continuar a disputar eleições até quando puder.

Um indeciso profissional

Reguffe é também um indeciso profissional. O senador brasiliense ficou três anos sem partido, completamente isolado no Congresso Nacional, o que o impediu de participar de momentos importantes no parlamento. Eleito sob a bandeira da ética, conseguiu muito pouco nos oito anos de mandato, embora tente convencer o eleitor que cumpriu todos os compromissos de campanha. Não foi exatamente assim; pouco de prático ocorreu.

Fugindo do Papa-Léguas

Agora, o senador Reguffe circula como noiva cobiçada. Cortejado por vários partidos, não sabe o que fazer da vida. Agora que o ex-deputado Alberto Fraga deve desembarcar do União Brasil ele pode definir seu destino com mais conforto; ele não queria se misturar com a complicada biografia do ex-policial militar. Reguffe se incomoda com o Fraga que ainda hoje se jacta da execução do marginal conhecido como Papa-Léguas, acusado de matar um policial e que morreu com dezenas de tiros do corpo, disparados pela PM comandada então major Fraga, em 1995, entre outras estrepolias.

Uma surpresa no caminho

Mas Reguffe tem para onde ir. Pode até não ir para lugar nenhum e ficar no Podemos, mas pode escolher uma rota que ninguém esperava: o PSD, de Paulo Octávio. Neste caso, concorreria a um cargo de deputado federal.

Um político necessário

O fundamental para o eleitor do Distrito Federal é que Reguffe não abandone a política. Mesmo com resultados pífios e a mania de andar sozinho, é político sério, necessário na luta pela melhoria do Poder Legislativo brasileiro.

Grass: a força dos anões

O governador Ibaneis Rocha disse recentemente que respeita todos os adversários na política, mas dorme tranquilo enquanto o deputado distrital Leandro Grass estufa o peito para gritar que é candidato ao Palácio do Buriti pelo PV. Grass ruge com a força dos 6.578 votos que obteve em 2018 pelo Rede – foi o último colocado entre os 24 parlamentares –, mas deixou o partido em fevereiro para ingressar no PV, a fim de disputar o Governo do DF. Deu tudo errado: o PV, federado com o PT, nem deve ter candidato ao governo no DF.

Professor teve o dobro

Vale lembrar que na eleição de 2018 o principal candidato do PV à Câmara Legislativa era o Professor Francelino, que conquistou 12.802 votos, quase o dobro dos obtidos por Grass. Com essa votação, o candidato do PV tira o sono dos seus adversários. Ou não?

Ceilândia rumo aos 51

Ceilândia, a mais nordestina das cidades do quadradinho, completa 51 anos no próximo dia 27. Com população estimada em mais de 445 mil pessoas, é a cidade com maior número de habitantes do Distrito Federal. E também é o maior reduto eleitoral do DF, que, em novembro de 2020, chegava a 290.229 eleitores. Nos últimos três anos e mesmo com a pandemia, o Governo Ibaneis investiu mais de R$ 220 milhões em obras por toda a cidade.

0 Comments

Leave a Comment