Triste passado bate a porta

O Distrito Federal pagou muito caro por uma sequência de três governadores que não estavam preparados para o cargo. O fato de ser a menor unidade da federação, não faz do GDF um cargo diminuto. Ao contrário, aqui os desafios são tão grandes ou maiores que os maiores estados. A prova cabal foi a paradeira dos 10 anos que antecedeu a gestão de Ibaneis Rocha, quando o DF afundou em crises sem fim, de atraso de pagamento de salários dos servidores a falta de investimentos na cidade.

A volta da aventura

Ainda assim os aventureiros não desistem. É só analisar a lista de pré-candidatos ao Palácio do Buriti. Despontam anônimos, gente que não tem nada a oferecer. Parece ser o caso desse Rafael Parente, que foi lançado para tentar defender o governo de Rodrigo Rollemberg, embora ele morasse bem longe, no Rio de Janeiro, na época e não tivesse que conviver com tanta trapalhada e até alguma falcatrua (lembremos da diretoria do Banco de Brasília, quase toda presa).

Debaixo do tapete

Parente não sabe do que fala e também parece não saber o que fala. Em entrevista exibida pela TV Brasília, a sensação foi de vergonha alheia. O pseudo pré-candidato tentou dizer que Rollemberg arrumou a casa, sem citar o rombo de mais de R$ 7 bilhões deixado para o atual governo. E sem citar o viaduto que ficou no chão por meses a fio, as muitas obras inacabadas, a inação junto a quem cria empregos e move a economia.

Currículo compromete

Mas o que esperar de um candidato – ou pré – que foi demitido pelo atual governador por incompetência na gestão da pasta da educação. Rafael Parente não conseguiu colocar de pé um programa educacional, não inovou em nada e ainda foi contra iniciativas que se comprovaram um sucesso, como as escolas de gestão compartilhada cívico-militar e a ampliação no número de salas de aula.

No lugar de Rollemberg

Como um gestor que não conseguiu gerir uma secretaria se apresenta para o cargo mais importante do Distrito Federal? Com quais credenciais? Vendeta nunca é boa conselheira, mas como diz um arguto político da cidade, ele quer fazer o papel que deveria ser do ex-governador Rollemberg. “Porque ele, maior nome do PSB no DF, não enfrenta Ibaneis para comparar as gestões? Tem medo de quê?”, pergunta.

Senador deve explicações

O senador Izalci Lucas é outro nome estranho no baile. Ele esteve com Ibaneis na campanha passada, pediu votos, recebeu apoio – sem o qual dificilmente seria eleito – colou sua imagem na do governador e um dia depois da posse rompeu, lançando sua candidatura. Não consegue explicar uma condenação por desvio de dinheiro público, não consegue explicar os gastos com o maior gabinete do Senado – chegou a ter 81 funcionários! -, e não tem qualquer realização para mostrar do mandato, três anos e meio depois de eleito.

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