Reguffe está cercado de “mui” amigos

O senador Reguffe certamente não sabia que tinha tantos amigos. De uns tempos para cá passou a ser cortejado pelos mais diferentes tipos, todos com uma pauta comum: tentar convencê-lo a disputar o Governo do Distrito Federal. O próprio senador não sabe se esse é o melhor caminho para sua carreira política e já confiou a pelo menos um amigo dos antigos e de confiança que está ressabiado com toda essa movimentação. “Se eles acham que vou me deixar manipular estão enganados”.

Diabo dá as caras

A afirmação teria sido feita depois que Reguffe soube que um empresário dos mais enrolados e com ramificações familiares na política chegou a se oferecer a pagar pela campanha. “Ele se elege e a gente toma conta”, afirmou a um grupo próximo. Lembra muito a campanha passada, quando um grupo de velhos caciques tanto perturbou que obrigou a Jofran Frejat abandonar uma campanha em que era franco favorito, afirmando que “não faria acordo com o diabo”.

Tarefa mais árdua

Pelo jeito há muitos chifrudos. Frejat foi pressionado pelos caciques que já dividiam o governo antes dele ser eleitos; no caso de Reguffe ainda não chegam a tanto, até porque a tarefa para se eleger será bem mais árdua, como demonstram as pesquisas. Mesmo assim, os velhos políticos não desistem e inflam as possibilidades do senador, prometendo apoio irrestrito.

Uma empregada no caminho

Não são companhias que se imaginava ver ao lado de um político que sempre zelou pela imagem pública, como Reguffe. Caso do ex-deputado federal Alberto Fraga, que até hoje não explicou, entre outras coisas, o caso da empregada doméstica que era paga com verba do gabinete. Fraga já anunciou a saída do União, mas não desistiu de Reguffe só para espezinhar o governador Ibaneis Rocha, seu desafeto.

Vendetas pessoais

Caso também do ex-vice-governador Tadeu Filippelli, que chegou a ser preso, acusado de desvio de dinheiro público, que também tem falado muito com Reguffe. O caso de Filippelli é ainda mais estranho, porque ele é do partido do governador, o MDB. Outro que faz serenata na janela do senador é Eduardo Pedrosa, pai do deputado distrital homônimo, assim como o suplente de senador Luis Felipe Belmonte, que promete tirar alguns milhões do bolso para financiar. O motivo é uma vendeta pessoal contra Ibaneis.

Tirando do caminho

Há outras tentações no caminho de Reguffe, inclusive, dizem as más línguas, o ex-governador José Roberto Arruda, que quer tirá-lo do caminho da mulher, a ministra Flávia Arruda, já lançada candidata ao senado. Arruda não gostaria de ver a mulher disputando voto com Reguffe – seu ex-funcionário do gabinete no Senado – e incentiva sua candidatura ao governo.

Um palanque incômodo

Mas o maior constrangimento do senador Reguffe é outro: se ele se filiar ao União Brasil estará indo para o partido que, mesmo discretamente, é comandado pelo Ministro da Justiça, Anderson Torres, um dos apoiadores mais fiéis de Jair Bolsonaro. E é muito difícil que o senador queira dividir palanque com o presidente.

Segunda opção

De qualquer forma, a pesquisa Realtime Big Data mostrada pela TV Record, deixou a turma que tenta empurrar Reguffe com a pulga atrás da orelha. Além dos dados visíveis, que mostram Ibaneis Rocha bem à frente em todos os cenários, há outros ocultos que mostram uma verdade solar: o segundo voto da grande maioria dos eleitores de Reguffe têm Ibaneis como segunda opção. Isso mostra até que o eleitor pode mudar de candidato sem muita dificuldade.

Espaço mais aberto

Com a consolidação de Flávia Arruda como candidata ao Senado, o espaço fica todo aberto para a reeleição do governador. Ainda mais porque a pesquisa também registrou o que a população pensa do governo dele: 36% consideram bom ou ótimo e 37% classificam como regular.

 

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