Vamos combinar: é duro na queda o deputado federal Cláudio Cajado (PP-BA), relator do projeto do Marco Fiscal e pai do jabuti que enxuga o Fundo Constitucional do DF. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), peitou o relator ao selar acordo com o Senado para que o jabuti, defenestrado pelos senadores, não retorne às mãos dos deputados. Cajado rebateu na lata: “se depender de mim, retorna-se tudo”. É o que pretende fazer na segunda-feira (14), quando apresenta nova versão do relatório. Ô baianinho arretado.

Prazo de validade

A aprovação do Arcabouço Fiscal – com ou sem o Fundo – está atrasada. Até 31 de agosto, o governo tem que enviar ao Congresso Nacional o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias, a base do Orçamento Geral da União de 2024. É condição sine qua non do Palácio do Planalto: só depois de aprovado o novo Marco Fiscal é que a LDO será encaminhada ao Congresso. O Colégio de Líderes, porém, ainda não definiu a data da votação da reforma fiscal.

Tira o bode

Enquanto isso, aumenta a pressão do Governo Ibaneis e da bancada do DF para que os líderes retirem o bode da sala, no caso, o baiano arretado. Mas é preciso convencer também os 372 deputados governistas e oposicionistas que, na primeira votação do Arcabouço Fiscal, aprovaram o jabuti de Cajado. Missão difícil, mas não impossível.

0 Comments

Leave a Comment