Chegou, enfim, ao final a novela do Fundo Constitucional do Distrito Federal, excluído da reforma fiscal. Final feliz para Brasília e muito mais feliz para os servidores da segurança pública, saúde e educação, áreas mantidas com recursos do Fundo. O governador Ibaneis Rocha (MDB) comemorou e, em nome dos brasilienses, agradeceu a todos que lutaram para que os recursos do FCDF não fossem desidratados como desejava o deputado federal Cláudio Cajado (PP-BA), relator do projeto. Brasília já pode respirar aliviada. Perdeu a intransigência, venceu o bom senso.    

A coroa da Leoa

A vitória na Câmara dos Deputados fortalece ainda mais a vice-governadora Celina Leão (PP), candidata ao Palácio do Buriti em 2026. A largada da Leoa já começou forte ao ser a escolhida por Ibaneis na corrida à sucessão dele. Ganhou robustez ao governar o DF nos 65 dias em que o governador ficou afastado do Buriti, período em que demonstrou capacidade de gestora e lealdade a Ibaneis. Agora, o trabalho que fez nos bastidores do Congresso Nacional coroa a luta em defesa da Brasília. Vitória a ser devidamente explorada na campanha de 2026. O rugido da Leoa é só de alegria.

A omissão dos sindicatos

Na luta pelo FCDF, foi visivelmente notada a ausência e a omissão dos sindicatos que representam as quatro categorias mais beneficiadas pelo Fundo: policiais, professores, médicos e trabalhadores da rede de saúde pública. O Sinpol, o Sinpro, o SinMédico e o SindSaúde cruzaram os braços. Em quatro meses de luta contra o jabuti de Cajado, não se viu sequer uma notinha desses sindicatos em defesa do Fundo. Só vão reaparecer na hora de pedir aumento salarial.

Perdeu, playboy

O maior derrotado nessa guerra é o deputado Cajado. Desde 15 de maio, quando apresentou o relatório do projeto da reforma fiscal, Cajado passou a travar uma luta quixotesca contra Brasília. Demonstrou desprezo pela cidade que o hospeda há quase 30 anos. Pelo que fez o baianinho arretado, cresce na Câmara Legislativa movimento para homenageá-lo com o título: “Persona Non Grata de Brasília”. Ele merece.

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