Partidos médios vão de Ibaneis

Aos poucos, com conversas de bastidores, o governador Ibaneis Rocha vai amealhando os partidos de tamanho médio na base de apoio a sua campanha de reeleição. Primeiro foi o Pros, que mesmo depois das mudanças internas com a saída do presidente Celivaldo Eloi, garantiu a permanência na chapa. Em seguida foi o Solidariedade, que fechou apoio em uma negociação nacional que expurgou a diretoria local. Agora é a vez do PTB.

Getulismo na veia

Partido tradicional, fundado por Getúlio Vargas em 1945, o PTB defende os princípios do trabalhismo. Advogado especializado e vitorioso em causas trabalhistas, Ibaneis Rocha recebe o partido em sua base com dupla satisfação. O partido vai carimbar sua participação na chapa pela reeleição do governador hoje (18), as 18 horas, na sede do partido (504 norte). Ibaneis Rocha nunca escondeu que Getúlio Vargas é o político brasileiro que ele mais admira.

A fiel e o infiel

A articulação em torno do apoio se deu à revelia do presidente local, Paulo Roriz, que apesar de ex-secretário do Entorno no governo Ibaneis estava flertando com outras candidaturas. Foi determinante a posição da também ex-secretária (da mulher), Érika Filippelli, que lutou para que o partido apoiasse o governador. Érika é o principal nome do PTB no DF hoje e é candidata a deputada distrital.

Casa da mãe Joana

Vai acabar a eleição é a gente vai ficar sem saber quem manda na federação PSDB-cidadania: o senador Izalci Lucas ou a deputada Paula Belmonte.

Em cima do muro

O PSD nacional já anunciou, por meio de seu presidente Gilberto Kassab, que não vai apoiar nem o presidente Bolsonaro nem o ex-presidente Lula. No DF, o partido também continua achando que é a embaixada da Suíça e ainda está neutro.

Tudo para beneficiar Lula

O deputado distrital Chico Vigilante (PT), que em todas as consultas aparece na frente entre os candidatos à Câmara Legislativa, não quer saber de conversa e aposta tudo no pragmatismo. Se o candidato da federação formada entre PV, PT e PCdoB não chegar ao segundo turno com a candidatura de Leandro Grass, ele fica com o candidato que apoiar Lula. Qualquer um.

Mudança de nome

Não surpreende. Vigilante foi um dos parlamentares que incluiu o nome do ex-presidente em seu registro: Chico Vigilante Lula da Silva. Foi rebatizado.

Damares em baixa

O presidente Bolsonaro deixou a ex-ministra Damares Alves à deriva. Candidata ao senado, ele disse que não teve nenhuma participação na escolha, portanto, não tem seu apoio. Venderam peixe podre ao governador Ibaneis Rocha que agora tem que decidir o que vai fazer com a mercadoria. Para agravar a situação, a ex-ministra parece não estar bem de saúde, reclamando muito de dores e cansaço em suas aparições públicas.

Pesquisa trazem más notícias

Mas os problemas de Damares são ainda mais graves: a cada pesquisa divulgada, ela perde pontos. Começou como uma candidata capaz de empolgar parte do eleitorado, mas hoje vem secando a olhos vistos. Nem mesmo os evangélicos se empolgam mais com seu discurso atabalhoado e sem direção, quando ela se comporta muito mais como um cabo eleitoral do presidente que a rejeita do que como uma representante do povo do DF.

Reguffe, aonde anda?

A mudança de partido do senador Reguffe para o bolsonarista União Brasil parece ter corroído parte do prestígio que ele sempre teve. Em todas as pesquisas apresentadas até agora ele perde em todos os cenários, para todos os cargos. Vai ter que convencer o eleitor que estar num partido bolsonarista não é ser bolsonarista. Vai colar?

Leila é candidata

A senadora Leila Barros, ou do Vôlei, tanto faz, está em plena campanha eleitoral, mas não está desobedecendo a lei eleitoral. Ela é candidata a ser eleita na votação de um site especializado na cobertura do Congresso Nacional, concorrendo em três categorias: Melhores no Senado, Defesa da Educação, Clima e Sustentabilidade. Fez até post pedindo voto.

Sonhando com o Jaburu

No mundo real, longe dos carpetes e do ar refrigerado do Congresso, a discussão é bem outra, mais focada nos problemas do Brasil e do Distrito Federal. Leila até pode ser candidata do seu partido a governadora, como declarou em vídeo, mas gostaria muito de ser chamada por Ciro Gomes para concorrer à vice-presidência, ainda que oficialmente diga que não quer.

Telefones sem política

Este ano o eleitor estará livre da propaganda eleitoral por meio de disparos de mensagens sem consentimento. Aqueles disparos aleatórios pelo WhatsApp ou Telegram, por exemplo, estão proibidos. E cabe denúncia ao TRE.

0 Comments

Leave a Comment