Ibaneis assume pose de candidato

O governador Ibaneis Rocha parece ter vestido definitivamente a roupa de candidato à reeleição. Mesmo sem querer adiantar as discussões sobre chapas e nominatas dos partidos, ele tem participado de alguns encontros do MDB, como aconteceu esta semana no Gama. E não poupa elogios ao partido e seus correligionários.

O partido do trabalho

“Nós não fomos eleitos para gerenciar uma pandemia como esta que parou o mundo todo. Mesmo assim, o GDF não parou. E não parou porque este é o espírito do MDB, que representa o trabalho, não tem preguiça. É por isso que a gente pode ver obras por todo o DF. Onde você olha, tem uma obra do GDF”, disse o governador.

Com o espírito de Roriz

Ibaneis Rocha também tem destacado o cuidado com as pessoas que mais precisam. “O MDB no DF sempre apoiou as famílias mais humildes, que mais precisam. É o espírito de Joaquim Domingos Roriz. É isso o que estamos fazendo com dezenas de programas sociais para socorrer famílias inteiras neste tempo tão difícil para todos nós”, destacou.

Um reajuste que bagunçou a eleição

A repercussão do anúncio do pagamento da terceira parcela do reajuste dos servidores públicos feito na semana passada pelo governador Ibaneis Rocha ainda é grande. E embaralhou de vez as conversas sobre as eleições do ano que vem. Todos os políticos, de todas as agremiações partidárias, tentaram tirar uma casquinha da notícia mais esperada pelos servidores, há seis anos, desde que o ex-governador Rodrigo Rollemberg disse que não havia dinheiro para pagar o reajuste.

Falta de dinheiro no passado

Analistas políticos reconhecem que a medida tem um impacto muito maior do que o simples reajuste prometido e jamais cumprido com os servidores, porque representa a recuperação econômica do Distrito Federal. Afinal, nos últimos anos a cidade se acostumou a ouvir lamentos de que não havia dinheiro para nada, e desde o início do governo Ibaneis Rocha, nunca mais se ouviu falar em atraso de pagamentos de servidores e fornecedores, há obras por toda parte e projetos prontos para os próximos anos.

Promessa de campanha

“Vai ser difícil encontrar alguém que queira disputar com o governador”, disse um experimentado repórter de um portal brasiliense, depois de ter conhecimento da decisão. O secretário de Economia, André Clemente, afirmou que não se tratava de medida eleitoreira. Para ele, é apenas o cumprimento de uma promessa de campanha. “Hoje temos as finanças do governo organizadas e podemos garantir o reajuste a partir de abril”, afirmou.

Adversários sem chão

Os adversários ficaram desnorteados. Aliado de Rollemberg e pretenso candidato pelo PSB, Rafael Paraente (que cospe no prato que comeu, afinal foi secretário de Educação de Ibaneis) teve que elogiar a medida pelas redes sociais, mas não disse que o líder dele foi incapaz de honrar a fatura. Mesmo caso do senador Izalci Lucas (PSDB), que teve que se dobrar à medida e tenta faturar algum chamando sindicatos para dizer que esta era uma luta dele. O PT foi mais honesto e se fechou em copas: talvez sem saber o que dizer, nada disse.

Anúncio foi uma surpresa

O fato do anúncio ter sido feito em plena crise provocada pela pandemia e depois de uma série de reduções de impostos sobre combustíveis e gêneros alimentícios e de limpeza serviu para aumentar a surpresa. E ninguém tinha a menor ideia de que o anúncio seria feito até que, quase ao mesmo tempo, o governador publicou no Twitter e o secretário de Economia, André Clemente, deu uma entrevista coletiva.

 

Tags: , , , ,

Related Article

0 Comments

Leave a Comment