Brasília e o Brasil vêm acompanhando o trabalho de duas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) instaladas para investigar a conspiração contra a democracia e os ataques à Praça dos 3 Poderes.  A CPI da Câmara Legislativa começou as investigações em 18 de janeiro, dez dias após o vandalismo dos patriotas extremistas. Já os trabalhos da CPI Mista começaram em 25 de maio. As duas comissões, que caminharam quase que abraçadas, agora tomam rumos diferentes.

RETA FINAL

A CPI Mista entra na reta final. Nesta terça-feira (16), a senadora Eliziane Gama (PSD-MA, relatora da comissão, apresenta seu parecer. Aí começa outra briga: o deputado bolsonarista Alexandre Ramagem (PL-RJ) e o senador Izalci Lucas (PSDB-DF) vão apresentar relatórios paralelos. Qual deles será aprovado ninguém ousa apostar. Mas, pelo menos, a CPI Mista está concluindo seus trabalhos após quase seis meses de investigações, mesmo não tendo ouvido os dois principais alvos mirados por governistas (o ex-presidente Jair Bolsonaro) e pelos oposicionistas (o ministro da Justiça, Flávio Dino).

LONGE DO FIM

Já os trabalhos da CPI Distrital ainda vão longe. A Comissão encerraria os trabalhos em setembro, mas o prazo foi esticado para 8 de dezembro. Assim, o que seria uma comissão temporária, por muito pouco não se transformou em uma comissão permanente. Entra, porém, para a história. Será a primeira CPI da Câmara Legislativa a durar quase um ano.

ESTOQUE ESGOTOU

O trabalho da comissão tem sido importante, mas o estoque de depoentes relevantes esgotou. Não há mais personagens importantes a serem ouvidos para esclarecer o movimento golpista. Tanto que a CPI Mista, já satisfeita com os depoimentos que colheu, em poucos dias concluirá os trabalhos. A CPI Distrital, ao contrário, quer mais. Buscou encher a esvaziada agenda com alguns depoentes fardados e até com o ministro Flávio Dino, que ainda não confirmou se vai comparecer. Assim, sem o brilho dos depoimentos relevantes, a CPI da Câmara vai apagando as luzes.

NOVAS ENTREGAS

O governador Ibaneis Rocha começa a segunda quinzena de outubro programando a entrega de novas obras. A mais importante delas: o Viaduto Luiz Carlos Botelho, popularmente batizado de Viaduto do Parque da Cidade-Sudoeste. Com as obras concluídas, as pistas já foram liberadas, mas a inauguração oficial deve acontecer no próximo sábado (21) com todas as pompas. Pompas merecidas: R$ 24,6 milhões investidos para acabar com o pesadelo dos engarrafamentos na Estrada Parque Indústria Gráfica (EPIG).  É a conclusão de mais uma etapa do Corredor Eixo Oeste, que ligará o Sol Nascente ao Plano Piloto.

GRILAGEM EM PLANALTINA

Grileiros continuam desafiando todos os órgãos de fiscalização e o aparato tecnológico empregado para combater invasão das terras públicas do Distrito Federal. Favelas que surgem do nada e se espalham sem que os invasores sejam incomodados. Há 15 dias, surgiu nova invasão na Rota do Cavalo (DF-330), entre Planaltina e Sobradinho, em terras do antigo Colégio Agrícola, atual Instituto Federal de Brasília (IFB). Já são mais de 100 barracos ocupados por dezenas de pessoas. E não é gente pobre. São grileiros ostentado carros novos e camionetes. O Instituto Brasília Ambiental (Ibram) diz que já identificou a invasão e promete agir. Está demorando.

TORRE DE TV

A nova Feira de Artesanato da Torre de TV está velha para quem só tem 13 anos. Depois de mais de uma década sem reparos, a feira carece de manutenção. As calçadas de cimento apresentam falhas e rachaduras; o gramado quase sumiu; e muitas barracas perderam a cobertura de alumínio. A reforma é necessária e urgente. Resta saber quem pagará a conta.

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