PT: primeira vez sem candidato?

A novelinha sobre a definição do candidato petista ao GDF ainda não acabou. A recomendação do Diretório Nacional é que a executiva local do partido “avalie!” a candidatura de Leandro Grass, que é filiado ao PV, para a disputa. Há quem interprete o pedido como uma “recomendação”; os petistas “mais raiz” (definição de um velho militante) querem que o partido pelo menos defina quem representará o PT na seleção final; não admitem perder por W.O. a partir de uma intervenção federal. Alguns não querem ver o partido sem um candidato pela primeira vez.

A fumacinha vermelha

Espera-se a fumacinha branca – no caso vermelha – que vai sinalizar quem seria esse candidato, mesmo que depois o PT abra mão da indicação. Trezentos delegados do partido devem se manifestar para decidir se a vaga fica com o veterano ex-deputado Geraldo Magela (que já concorreu uma vez contra Roriz e perdeu por uma margem estreita de votos) ou a novata Rosilene Corrêa, que tem no currículo a vitória na eleição para a presidência do Sindicato dos Professores.

Um palanque para Lula

Magela tem mais tempo de partido, mais experiência em eleições, mas enfrenta resistência de uma ala que acredita que o PT precisa renovar seus quadros. Rosilene tem a seu favor o apoio da deputada Erica Kokai, um sindicato forte e a cara da renovação, mas a relação mais do que cordial que sempre manteve com o governador Ibaneis Rocha pode atrapalhar. O fato é que Lula, candidato a presidente, precisa de um palanque forte no DF.

Boi de piranha

Em compasso de espera fica o deputado Leandro Grass, que deseja representar a federação formada com PV e PCdoB, mais a aliança com parceiros históricos como Rede e Psol, na disputa. Grass é fraco, só entrou na legislatura da Câmara Legislatura por causa do coeficiente eleitoral (é o parlamentar com menos votos) e teve uma atuação marcada mais por histrionismos do que por ações efetivas. Mas pode ser o boi de piranha que o PT precisa neste momento.

Inspiração será Agnelo?

Aliás, a sindicalista Rosilene Corrêa também não consegue dizer ao que veio. Nas entrevistas que tem dado, não consegue esboçar uma proposta mínima de governo que anime os próprios petistas. Limita-se a repetir o discurso carcomido dos que não têm nada a oferecer à população do DF: “Não vou repetir a forma de Ibaneis governar”. Ela vai fazer o quê, então? A população só espera que não faça o que Agnelo Queiroz fez (ou não fez). Talvez proponha greve, afinal é a especialidade dela há três décadas como diretora do Sinpro.

Ameaça à saúde pública

O que a sindicalista apresenta como rascunho é o mesmo que está nas falas do senador Izalci Lucas (PSDB), da deputada federal Paula Belmonte (Cidadania) e do distrital Leandro Grass (PV): a ameaça de acabar com o Iges-DF, o instituto que administra 13 UPAs e dois hospitais. O que ninguém explica é o que pretendem fazer com os milhares de profissionais de saúde e com a própria estrutura do Iges se o instituto for extinto – até porque a administração não tem condições de recebe-los sem quebrar a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Mais 12 mil profissionais

Uma grande festa deve ser realizada no dia 31 de junho, no estádio Mané Garrincha, para a formatura das primeiras 12 mil pessoas formadas pelo programa QualificaDF. O projeto oferece mais de 50 cursos profissionalizantes nas áreas de comércio, serviços, agronegócio, saúde e informática. Com o diploma, a Secretaria de Trabalho vai ajudar os novos profissionais a conseguir uma vaga de emprego. Ainda este ano mais 12 mil pessoas serão qualificadas.

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