Correndo sozinho. Como sempre

O ex-governador Rodrigo Rollemberg está colhendo os frutos de sua política exclusivista. Mesmo depois de passar quatro anos no poder, ele não consegue aglutinar uma base de apoio em torno de seu nome e está refém da decisão da direção nacional do seu partido. Se o PSB não se federar com o PT, as chances de Rollemberg ser eleito deputado federal são praticamente nulas, já que ele não conseguiu sequer fazer uma nominata competitiva para disputar as eleições proporcionais do Distrito Federal.

Em busca de ajuda

Políticos experientes calculam que será necessário atingir um mínimo de 180 mil votos para que um partido ou federação consigam eleger um deputado federal. Ou seja, a soma dos nove candidatos de cada partido – número máximo da chapa – tem que ser esta para que o mais votado entre eles consiga uma vaga no Congresso Nacional. Sozinho, Rollemberg não tem como chegar a esse patamar; precisaria de arregimentar candidatos a buscar votos sabendo que não têm a mínima chance.

A maldição da várzea

Rollemberg teve a carreira toda e mais especialmente o mandato todo de governador para fortalecer seu partido no Distrito Federal. Mas o PSB, uma força nacional, não passa de um nanico no quadradinho brasiliense. O ex-governador não conseguiu unir forças; ao contrário, espantou aliados. Como diz um veterano político de esquerda: “Rodrigo tem a maldição do goleiro de várzea. Onde ele pisa não nasce grama”.

Confissão de incompetência

Mas o PSB precisa de deputados federais para não correr o risco de desaparecer e este é o argumento que Rollemberg vem usando para a executiva nacional do partido, praticamente implorando para que feche a federação com os petistas. E também não deixa de ser uma demonstração de incompetência política, já que, mesmo tendo assumido o mais alto cargo político do DF, ele não consegue arregimentar aliados.

Rumo a Taguatinga

O governador Ibaneis Rocha já definiu que terá um gabinete no Centro Administrativo – Centrad – assim que o GDF ocupar o prédio que está parado há sete anos. Depois de exaustivas negociações entre construtoras, bancos e governo, a solução parece próxima, tanto que o GDF já está elaborando o plano de ocupação do enorme prédio de 182 mil metros quadrados, que chegou a ter uma inauguração de mentirinha no governo do PT.

GDF vai comprar o Centrad

O GDF não vai mais fazer a parceria público privada prevista na origem do empreendimento. O atual governo chegou à conclusão que é mais vantajoso economicamente assumir o prédio, uma vez que o terreno onde foi construído pertence à Terracap. Assim, foi feita uma proposta para as empresas e bancos para que seja feita a transferência.

Pressão para uma solução

Os bancos Santander e Caixa Econômica já aceitaram os valores propostos – ainda não divulgados – e há uma pressão sobre as empresas que formam o consórcio que construiu os prédios – antiga Odebrecht e Via Engenharia –, ambas em recuperação judicial, para que resolvam logo a questão. A Comissão instituída pelo GDF para resolver o problema acredita que ainda neste primeiro semestre a solução será dada.

Obra de impacto

Com a solução e ocupação do Centrad, é mais um prédio público abandonado que o GDF consegue recuperar. “É uma obra importante para Taguatinga, Ceilândia e Samambaia, que terão impacto imediato, mas também para todo o DF, já que será possível distribuir melhor os serviços públicos, evitando problemas de trânsito e facilitando a vida de quem precisa dos serviços do governo”, disse o governador.

É muita mudança

O deputado federal Luis Miranda, ao que tudo indica, está de malas prontas para São Paulo, onde tentará renovar seu mandato, de partido novo. Ele deixa o União, entra no Republicanos e vai atrás da maioria de seus seguidores nas redes sociais – ele é mais popular por lá.

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