Izalci acusado de usurpar cargo de líder

O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) não conhece limites na sua sede de poder. Mesmo sem ter poder para fazê-lo, indicou o bolsonarista Wellington Fagundes, do PL, para o importante cargo de relator setorial de educação do Orçamento de 2022. Ou seja, Izalci tentou usurpar o cargo do também senador Lasier Martins (Pod-RS), líder do bloco que reúne Podemos, PSDB e PSL, que indicou a senadora Rose de Freiras (MDB-ES) para o cargo.

Com a boca na botija

​Izalci está de olho nos quase R$ 140 bilhões do Orçamento do próximo ano – que tem eleição – e atropelou o regimento da Casa para emplacar um amigão do peito, mas foi pego com a boca na botija. O senador brasiliense se interessa pela análise de cerca de 680 emendas, o que pode carrear recursos para todo tipo de obra e ação. Mas há um problema legal.

“Que se restabeleça a legalidade”

O senador Wellington Fagundes não pode assumir o posto porque o regimento não permite que dois políticos do mesmo partido o façam consecutivamente. O barraco está feito: o líder Lasier Martins diz com todas as letras que a senadora emedebista não pode permitir essa usurpação de cargo. “Espero que a senadora restabeleça a legalidade, ela precisa restabeleça a legalidade”, afirmou Martins ao site Antagonista.

Falsidade ideológica do senador

​Izalci chegou a assinar um documento se identificando como líder do bloco, o que configuraria uma falsidade ideológica – crime previsto no artigo 299 do Código Penal –, já que não é verídico. “Eu sou o líder do bloco, não o Izalci”, disse o senador Martins. “Nunca ninguém me ligou para tratar desse assunto”.

Acordo não tem valor

​O próprio senador Izalci admite que seu candidato, Fagundes, não poderia ser o relator da educação, mas alegou que a Comissão Mista de Orçamento (MCO) funciona com base em acordos. Lasier Martins não deixa por menos: “O acordo deles não tem valor porque o regimento e a norma que rege a Comissão são superiores a qualquer acordo: não pode o mesmo partido ocupar a mesma função no ano subsequente”, disse ao Antagonista.

Rescaldo de perguntas

​No final das contas, sobram perguntas: porque o senador Izalci assinou como líder de bloco mesmo sem ter o cargo? Porque ele está tão interessado nas emendas dos outros parlamentares? Porque ele quer tanto dar o cargo para Wellington Fagundes, que é do Mato Grosso e de outro partido? Cartas para a redação.

O recado da fidelidade

​O administrador do Paranoá, Serginho Damasceno, mais uma vez mostrou fidelidade e por que é um dos mais queridos dentro e fora do governo. Com emoção, ele citou – em seu discurso na entrega dos quase dois km de asfalto da DF-330 – todas as ações que o governador Ibaneis Rocha na região: UPA, nova avenida principal do Paranoá, asfalto para as estradas rurais, o viaduto. “Desafio a oposição vir ver essa obra aqui, a beleza que ficou. E deixo um recado: em time que está ganhando não se mexe”, finalizou. Entendedores entenderam.

Quando o lixo vira luxo

O cuidado com o recolhimento e tratamento do lixo tem sido uma prioridade do GDF. Papa-lixos e papa-entulhos estão sendo instalados em todas as regiões do DF, mas o que o governador Ibaneis comemora mesmo é o funcionamento do Complexo Integrado de Reciclagem do DF, que está completando um ano de funcionamento. É mais uma das obras que estavam paradas quando ele assumiu o governo.

Respeito pelos catadores

Pelo Twitter, Ibaneis mandou seu recado sobre o Complexo: “Esse projeto esteve parado há anos pelas gestões anteriores, mas nosso trabalho é levar qualidade de vida à população. Por isso, investimos R$ 21 milhões nesse complexo, que hoje é considerado um dos mais modernos equipamentos públicos de resíduos do Brasil e emprega cerca de 2 mil catadores”.

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