Negócio internacional para o Biotic

O Distrito Federal disputa com São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul para ser a sede da versão latino-americana da Web Summit, o maior evento de tecnologia e inovação do mundo. Governadores das quatro unidades da federação estão em Lisboa para tentar convencer os organizadores de que têm a melhor opção. As negociações para trazer a conferência para o DF começaram há dois anos, baseada na instalação do Parque Tecnológico de Brasília (Biotic), uma área privilegiada, com localização nobre.

Uma disputa ferrenha

Pelo menos 20 organizações empresariais do DF enviaram cartas-compromisso para serem entregues aos organizadores. São entidades como a Federação de Indústrias, a Fecomércio e vários entes do trade turístico, demonstrando que a cidade está envolvida com o projeto de trazer o evento. A disputa é ferrenha, mas o secretário de Ciência e Tecnologia do DF, Gilvan Máximo, acredita que as possibilidades de trazer a Web Summit para Brasília, são muito boas. “Temos nos empenhado muito para isso”, disse.

Impacto financeiro enorme

A edição portuguesa da Web Summit transformou o país num dos principais polos de inovação tecnológica do mundo. O movimento em torno do evento chega a 300 milhões de euros (cerca de R$ 1,9 bilhão) por ano, além de atrair empresas de grande porte, e sem contar com o incremento do movimento turísticos de 200 milhões de euros (cerca de R$ 1,3 bilhão). “A Web Summit é evento de maior impacto econômico em Portugal. Mais do que os concertos e competições esportivas. Em Brasília será um sucesso”, confia o governador Ibaneis Rocha.

Tudo do próprio bolso

O governador Ibaneis Rocha vai aproveitar a viagem para se encontrar com o primeiro-ministro português, Antonio Costa. Na pauta, investimentos portugueses no DF. Aliás, o governador está pagando do próprio bolso as passagens e despesas dele e da esposa, Mayara Noronha.

Recuperação turística avançada

O fluxo de turistas para o Distrito Federal vem se recuperando mais do que o previsto. O Aeroporto Juscelino Kubistchek já recuperou 82% do movimento verificado antes da pandemia e a previsão é que até o final do ano chegue a 93%. Já há um problema de acúmulo de voos em determinados horários, o que provoca engarrafamento de pessoas, com algum tumulto, mas a Inframérica, que administra o Aeroporto, já trabalha para espaçar melhor as chegadas e saídas de aviões.

Mais investimento no aeroporto

Os investimentos no aeroporto não terminaram. Já está previsto o aumento do número de portões de embarque, preparando o local para novos voos, com a retomada definitiva da operação das empresas aéreas. É provável, inclusive, que uma nova empresa passe a operar a partir de Brasília ainda no ano que vem.

Empresa deve assumir aeródromo

Outra novidade é a mudança na operação do antigo Aeródromo Botelho, atualmente feito pela Infraero. O terminal pode ser assumido pela própria Inframérica, que já conhece bem o mercado do Distrito Federal e teria uma opção para o transporte de cargas e a operação de aviões de menor porte. Os hangares instalados no local devem ser mantidos.

Inframérica investe em educação

A empresa que administra o aeroporto também tem contribuído com o Distrito Federal, além dos empregos que cria. A Inframérica vai investir 4% do contrato de empréstimo obtido com o Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) em projetos de educação pública. A ideia é investir na modernização de escolas das regiões mais carentes do DF.

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